o poema não aparece há três semanas
quando procurado nas revistas, se afasta
até a última página
do livro preferido não há mais poema
resta o leitor relapso, talvez esquizofrênico
que confundia romances policiais ao contrário
folhas dos cadernos brochura ao lado
de uma cama de solteiro sem lençóis, colchão exposto
onde escreveu seus versos mais estúpidos
mas não piores que outros
que ainda virão antes que o poema volte
se é que volta
o poema não está a fim
de conversa
o poema recusou convites
pra comer fora
dizem que a ausência de mensagens
é sinal de partida definitiva, mas há esperança
do celular do poema estar sem bateria
24.3.10
o poema distante
- ana guadalupe às 18:45 5 comentário(s)
em poemas
resto de ave recheada
palavra presa
que nas horas vagas
vira nó
na garganta
até as formigas
se pudessem
te carregariam
pra fora
- ana guadalupe às 18:12 2 comentário(s)
em poemas
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