todos os livros listrados da coleção lado7 e a revista lado7 serão agora lançados em são paulo, AMANHÃ no bar balcão! apareçam pra conhecer a revista (que é ótima) e os livros. eu estarei lá fazendo dedicatórias também.
no facebook: on.fb.me/ksWeh
27.6.11
lançamento coletivo paulista
- ana guadalupe às 16:42 0 comentário(s)
26.5.11
25.5.11
curiosidade: relógio de pulso já está à venda
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
- ana guadalupe às 00:26 9 comentário(s)
em acontecimentos, poemas
lado7
- ana guadalupe às 00:06 0 comentário(s)
24.5.11
orelha do livro
"O tempo dos relógios não é o tempo dos poemas.
O tempo dos poemas não se mede em relógios, instante súbito e preciso que salta à margem das horas para marcar o que está além do tempo: um sorvete que nunca derrete, o repetente da quinta série, aerogramas jamais enviados pelo correio.
Ana Guadalupe sabe como encontrar esses lugares, coisas e tempos onde ficam guardados os poemas, e sabe como mostrar pra gente. Sabe tratar as palavras com doçura, combinando sabores e ritmos, harmonizando sutis modulações, cativando o leitor com um texto que consegue dizer muito falando pouco, como só quem é poeta sabe fazer."
- ana guadalupe às 22:30 2 comentário(s)
13.5.11
relógio de pulso
é com muita surpresa e ansiedade que trago a notícia do lançamento do meu primeiro livro de poemas. relógio de pulso será publicado dentro de algumas semanas pela editora 7Letras.
divulgarei a data e outras informações em breve pra que possamos comemorar.
beijos & abraços!
- ana guadalupe às 18:32 7 comentário(s)
10.5.11
temperamento difícil para amar
I
palavras meu amor conhece todas
que belo passatempo é não encher folhas
enquanto examino as ranhuras da mesa
e a paisagem de um restaurante ou padaria
dobrada em pedaços enquanto deixo
de ver e ouvir outra pessoa
II
meu amor não gosta dos sábados
domingos ou dias de semana
meu amor não quer feriados
meu amor não quer tirar folga
eu só queria tirar o dia
pra dizer agora que há você
o que é que vem agora
- ana guadalupe às 21:56 7 comentário(s)
em poemas
11.4.11
aos pés dos poemas
pisando no assoalho uma criatura
concebida da mistura de outros três
bichos sem pelos
nenhum ou muitos dedos
sangue seco em cada uma das unhas
ou nenhuma
unha que sangre
- ana guadalupe às 21:43 3 comentário(s)
em poemas
2.4.11
daqui a pouco
depois quando não existe
depois
não existe
só o agora continua insistente
se fosse um homem ou mulher de olhos grandes
o agora telefonaria muitas vezes
até que alguém atendesse
pra que a gente se gostasse no primeiro instante
e vivesse dias inteiros estragados por detalhes
aparelhos com defeito, despencamento de cabides
um amigo inconveniente, o gênero errado de filme
alergia a pólen
alergia a cabelos
- ana guadalupe às 23:04 6 comentário(s)
em poemas
23.3.11
poltrona 29
os tapetes diante de portas
nunca por você visitadas
estendendo as franjas
em convite
há quem comente
que bonito é conhecer
o mundo em quantidade
visitar países distantes
passar por aqui antes
há quem acredite
que não há pra onde
levar pra longe
as bolsas de pele
embaixo dos olhos de
quem você não conhece
- ana guadalupe às 00:45 5 comentário(s)
em poemas
3.3.11
mau sinal no subsolo
mau sinal se aqui não chega
o calor que você dizia
enviar só pra mim
o roteador não tem nada
a dizer sobre os planos
largos acima dos cabos
ninguém pra arrombar as portas
trancadas dos carros
e destruir os anexos
que você dizia manter
só pra mim
- ana guadalupe às 01:06 3 comentário(s)
em poemas
6.2.11
os anéis vão enfileirados
eles esticam os braços pra medir a distância
são disciplinados
na tarefa de abandonar os dedos
no banho ou de madrugada
- ana guadalupe às 15:17 3 comentário(s)
em poemas
21.1.11
chuva nos sapatos
baixos
se a chuva cai direto
e de propósito dentro dos sapatos
é preciso lembrar que toda poça
contém outros líquidos e restos
apenas bem-vindos quando emitidos
por outros ratos
cachorros
criminosos
e mendigos
altos
a chuva dificulta
a semana que só íamos levando
como copo d'água da cozinha pro quarto
e do quarto pra cozinha
te peço que não leve pro banheiro
apenas pro interior do seu corpo
onde percorrerá vísceras que não percorro
monstro do lago e do pântano
a chuva interromperá de novo nosso único plano
mas cronometrará com cuidado o intervalo
entre você aí nos trilhos
e eu aqui aos solavancos
- ana guadalupe às 15:53 4 comentário(s)
em poemas
3.12.10
gostar dos outros
1.
moedas pro leite caro do filho que não temos
canetas-calendário que apenas se imaginam perfumadas
acompanhadas de um folheto sobre o perigo das drogas
gostar dos outros é cambalear pelo ônibus
vendendo a marca de chiclete que ninguém gosta
2.
gostar dos outros é ir a uma festa americana
levando salgados numa vasilha amarelada
uma vasilha com tampa que não encaixa
torcendo pra que você coma
eu só trouxe pra você
os meus salgados
- ana guadalupe às 01:20 9 comentário(s)
em poemas
11.11.10
ingresso pro lugar certo
depois de chegar enfim
ao lugar certo
carregar malas e ganhar
calos nas mãos
você deixa que a música
acabe e perde os motivos
pra planejar o futuro
existe cartão de crédito pra tudo
no lugar certo
você não precisa mais se preocupar
em chegar a outro
o lugar certo
é como um seriado de TV cancelado
e você pensa ser o único ator
que vai fazer sucesso depois
- ana guadalupe às 17:59 4 comentário(s)
em poemas